28 de março de 2016

EDUCADORES MUNICIPAIS DE SÃO PAULO – CONTRA O GOLPE


Somos educadores da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo e nos manifestamos contra o golpe do judiciário em curso no Brasil. Além da democracia, é a soberania popular e nacional e os direitos sociais e dos trabalhadores que estão na mira dos golpistas!

A Operação Lava Jato é o instrumento do Golpe, opera para instalar um Estado policial de exceção, uma ditadura do Judiciário, onde o alvo são as organizações construídas pela classe trabalhadora, os seus partidos e os seus sindicatos!Por meio das ações ilegais do juiz Moro se propagandeia a falsa argumentação de que se pretende o combate à corrupção ao mesmo tempo em que se permite que Eduardo Cunha, presida a instalação de um processo de impeachment contra a presidente Dilma e que Aécio Neves, citado em vários casos de corrupção, siga fazendo bravatas e posando de defensor da ética e do combate a corrupção.

Esses inaceitáveis atropelos à legalidade, cometidos revelam a disposição e os reais interesses destas ações e da operação Lava Jato – coagir e constranger o governo de Dilma - legitimamente eleito nas últimas eleições – até derrubá-lo. Revertendo assim, judicialmente a derrota eleitoral das últimas eleições e soterrando a democracia brasileira.

A nomeação de Lula para a Casa Civil, que despertou expectativas positivas de mudanças na política do governo, para os golpistas foi a senha para o tudo ou nada! Somente a adoção de um programa que dê uma guinada na política econômica poderá findar a dura crise econômica que atravessamos imposta pela política de ajuste fiscal – a qual tanto prejuízo tem trazido atualmente aos trabalhadores.

Assim, não nos resta dúvida que a saída positiva para a crise política e econômica está na mobilização do conjunto dos trabalhadores para barrar o golpe do judiciário em curso, combinada com a exigência de que o governo Dilma tome medidas urgentes que revertam os efeitos da atual política econômica.

 NÃO GOLPE DO JUDICIÁRIO!
• EM DEFESA DA DEMOCRACIA, DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES E DA SOBERANIA NACIONAL!
• EM DEFESA DAS ORGANIZAÇÕES DE LUTA DE NOSSO POVO! NENHUM ATAQUE AOS MOVIMENTOS SOCIAIS!

PRIMEIRAS ADESÔES
Cida Perez - Setorial da Educação do PT/ Capital.
Eneas Rodrigues Soares - coordenador do Setorial da Educação do PT/ Capital.
Paulo César Deloroso - Diretor Regional  de Educação Capela do Socorro.
Alexandre Ferreira Cordeiro - Diretor Regional Campo Limpo.
Eliana Pereira - Diretora Regional de Educação DRE Freguesia/Brasilândia.
André Luiz Bafume - Diretor Regional de Educação Butantã.
Claudete Vieira da Silva - Diretora Regional de Educação de São Mateus.
Sonia Marcon, Diretora Regional de Educação Santo Amaro.
Fábio Renzo. Diretor de escola São Paulo.  Setorial da Educação do PT/ Capital.
Sergio Ricardo Antiqueira - Diretor de Escola e Presidente do Sindsep
Ricardo Moraes - direção do SINPEEM.
Fidelcino Rodrigues de Oliveira - Fidel - Conselheiro do SINPEEM.
Keiko Kishi Lazzeri - Diretor de Escola -Representante do SINESP.
Fátima Costa - Gestora do CEU Cantos do Amanhecer
Nelson Galvão - Conselheiro do SIMPEEM Perus
Teresinha Chiappim - TECA - conselheira SINPEEM
José Donizete Fernandes - Professor e diretor de Escola.
Rosângela Valeriano Rosa - Professora.
Alana Andrade Estephan - Representante de Escola da APROFEM
Marcos Rodrigues Coutinho - Conselheiro doSINPEEM.
Maria Filomena Freitas Silva - Professora
Alessandra da Silva Januário - Conselheira do SIMPEEM Fo/Brasilandia
Teresa Mendes - Coordenadora Pedagógica aposentada. Conselheira do SIMPEEM
Marco Antônio de Nóbrega - Conselheiro do SIMPEEM Fo/Brasilandia
Doralice de Sousa - Supervisora Escolar  aposentada.
Eliana Barbosa Marchesini - diretora de escola.
João Evangelista - Conselheiro SINPEEM Santo Amaro.
Camilo José dos Santos Neto - professor  e   diretor de escola.
Antonio Rodrigues da Silva - Diretor de Escola.
Jorge Luís Ribeiro - professor.
Maria Lúcia Rocha - Professora.
Alexandre Gilgogamo - Professor.
Anatalia Almeida Cesar Pena - Gestora do CEU Paz.
Edilane Joseli Donabella Brito - Gestora do CEU Formosa.
Fernando Gonsales - Professor.
Cristina Benedicte Fernandes - Coordenadora Pedagógica.
Dalva de Souza Franco - Coordenadora Pedagógica - aposentada.
Albano Paes de Toledo Jr- Gestor Uniceu  Rosa da China.
Selmo Henrique de Araujo - Diretor de Escola.
Darci Scavone - Supervisora Escolar
Márcia Dias da Silva - Gestora CEU Uirapuru.
Edilene de Cassia - Diretora de Escola - Representante do SINESP.
Jeane de Jesus Zanetti Garcia - Supervisor Escolar e Professora.
Davi Nogueira Lacerda - Representante de Escola - SINPEEM
Elisa Maria Grossi Manfredini – Coordenadora pedagógica.
Cecília Aparecida Cocco - Professora aposentada.
Paulo Alves - Conselheiro SINPEEM FO/Brasilandia.
Luci Aparecida Guidio Godinho - Professora.
Fátima Antônio - diretora de escola.
Kiyosumi Misawa - Coordenador pedagógico - aposentado.
Maira Yuri Imamura Misawa - professora.
Sabrina Teixeira - professora.
Maria Niuza Ferreira da Silva - Professora.
Sandra Aparecida Martins - Professora.
Maciel Silva Nascimento - Coordenador Pedagógico.
Fábio Soares do Amaral - Professor.
Marcio Mendes – Marcio CHE – Conselheiro SINPEEM
Alessandro dos Santos Amaral - Professora
Joelia - professora - Vice presidente do sedin.
Italo Del Monte - Professor.
Luciana Zucchi - conselheira SINPEEM
Francisco Mariano - conselheiro SINPEEM.
Valter de Almeida Costa - DRE Itaquera
Denise Bife Moraes Vieira – Representante de Escola SINDSEP
Maria Rivaneide Pereira de Araujo - professora
José Soares da Silva - membro do Fórum Municipal de Educação.
Viviane arruda do Carmo- coordenadora pedagógica
Rosana Magnani - conselheira SINPEEM
Marco Antonio Ferreira - conselheiro SINPEEM
Nilton Aparecido de Oliveira - Professor.
Simone Aparecida Preciozo. Diretora de escola.
Suzan dayse  Cesarino  Lovotrico – Supervisora Escolar.
Valfredo Alves Siqueira, diretor APEOESP, conselheiro SINPEEM.
Ana Maria de Andrade - Representante de Escola SINPEEM.
Davi do Carmo - conselheiro SINPEEM
Luana Moraes - conselheira SINPEEM
Flavia Alves Bezerra - conselheira do SINPEEM
Raquel Foreste - conselheira do SINPEEM
Matias Vieira - professor
Wendel Moreira de Oliveira - Representante de escola - SINPEEM
Glicia Silva de Moura - conselheira do SINPEEM
Sandra Silvestre – Representante de Escola APROFEM.
Silvio Zanin Lisboa - professor.
Maria do Socorro Lopes Fernandes - professora.
Luciana Germano Augusto - conselheira SINPEEM
Clóvis Roberto da Silva - professor.
Mônica Mussi - Supervisora Escolar e Conselheira do SINPEEM.
Silvana Marques - Conselheira do SINPEEM
José Reinaldo Pereira - diretor de escola aposentado.
Alexandre Gilsogamo - Coordenador de Ação Educacional do CEU Vila Curuçá.
Eliane Norgang de Oliveira - Professora.
José Thiago Rodrigues da Silva - professor.
Elis Regina Bonachello de Melo - professora e diretora de escola
Lívia Maria Antongiovanni - Coordenadora Pedagógica.
Selma Maria B. Caetano -Professora.
Marco antonio de oliveira -Professor
Marly Cristalino Bachmann – conselheira SINPEEM
Patricia Helena de Macedo - professora.
Rogério Soares Pontes - professor.
Edeli Gonçalves Saba - Dre Butanta
Alani S Widniczek - Supervisora Escolar e conselheira SINPEEM.
MarcosLuis dos Santos - Conselheiro SINPEEM
Ana Maria Kobayashi - Representante de Escola SINPEEM
Thiago Iannicelli Amorim - Professor.
Maria Beatriz Soraci - Coordenadora pedagógica  Aposentada
Absolon de Oliveira - conselheiro SINPEEM.
Joseilda Ferreira - professora.
Vanessa Lara - professora.
Elisete Gomes da Silva - conselheira SINPEEM
Claumir Bento Rufini - Assistente Técnico DRE FO/Brasilância
Lilian Guedes - Professora.
Anna Fabiola Maranho - professora.
Jadde Cosmo - professora
Juliano Godoi - conselheiro SINPEEM
Carin Sanches - conselheira SINPEEM
Hilda Elias Fernandes - conselheira SINPEEM
João Carlos M de Oliveira - diretor de escola.
Elizabete Lima de Matos Pedrosa - Professora.
Renata Cristina Dias Oliveira - Coordenadora Pedagógica.
Soraia Alexandra Zanzine. Coordenadora Pedagógica.
João Kleber Santana Souza - diretor de escola.

6 de março de 2016

Haddad, retire o PL 558 (SAMPAPREV), preserve a previdência dos servidores!

O Governo Haddad encaminhou o projeto de lei n°558/2015 (leia na íntegra aqui), que institui o Regime de Previdência Complementar, o SAMPAPREV. Esse PL tem o objetivo de estabelecer um valor máximo para pagamento da aposentadoria dos servidores públicos municipais e criar um plano de previdência complementar para conjunto do funcionalismo, o teto passaria a ser de R$ 5189,82, o mesmo teto do INSS, esse valor passará a ser o máximo de aposentadoria dos novos servidores que ingressarem após a data de criação do Sampaprev. Caso o valor do ingressante seja inferior ao teto estabelecido o mesmo poderá optar pelo plano de contribuição previdenciária complementar. O alerta em defesa da previdência está colocado - o projeto apresentado a câmara municipal de São Paulo é um ataque ao conjunto dos trabalhadores, pois abre espaço para privatizar o sistema de previdência, rompe a paridade e é também um ataque à carreira do magistério, posto que rebaixa a remuneração na aposentadoria, conquistada com muita luta pelos trabalhadores. Não aceitaremos nenhuma retirada de direitos! Razão a mais para que o conjunto do movimento sindical recuse e se una para realizar o combate em defesa da previdência pública. Os servidores municipais, sobretudo os trabalhadores em educação exigem: Haddad, retire o PL558 (SAMPAPREV), preserve a previdência dos servidores!

Luana Bife
Conselheira do SINPEEM - Guaianases

3 de março de 2016

ONGs x Escola Pública

Felipe Bone - Conselheiro Campo Limpo (Foto : Fernando Cardozo)

Companheiras e companheiros, profissionais em educação, vivemos em um constante dilema dentro das escolas públicas: “Como oportunizar a todos os cidadãos o direito social à educação em um cenário de desvalorização e precarização da educação pública?”
            Em detrimento desse dilema, os educadores vêm buscando alternativas para garantir um mínimo de qualidade possível frente aos investimentos precários encontrados dentro das escolas públicas. Muitas vezes sem contar com recursos materiais adequados para realização de atividades e/ou projetos, frente à burocracia, morosidade e erros de políticas públicas, e ainda, com a ânsia de garantirmos essa educação de qualidade, somos seduzidos por projetos de ONGs e de parcerias público privadas onde vislumbramos uma alternativa palpável e possível para realização de atividades e/ou projetos que possibilitem aos educandos um maior e melhor desenvolvimento.
            Companheiras e companheiros, não tenho aqui, a intenção de julgar se o trabalho das ONGs e das parcerias Público privadas é eficaz, ou não, muito menos de condenar os trabalhadores que lá estão. Ora, de fato a gestão democrática na educação abriu novas indagações e necessidades nas comunidades escolares. Nossos alunos necessitam cada vez mais de projetos de pesquisa, saúde, esporte, artes, lazer, entre outros. No entanto, ao concordarmos com a participação das ONGs e das parcerias público privadas estamos concordando com a política de flexibilização e mercantilização do ensino, e ao mesmo tempo corroborando para a desvalorização da profissão docente e favorecendo o processo de “privatização do ensino”.

            Observe o que disseram os autores abaixo:

“Esta flexibilização é compreendida pela desregulamentação da legislação trabalhista, ou pelo menos, a sua ineficiência. O aumento dos contratos temporários, arrocho salarial, inadequação ou até mesmo ausência de planos e cargos, a queda nas taxas de sindicalização, redução e ineficácia de greves, a perda de garantias trabalhistas e previdenciárias oriunda dos processos de reforma do Aparelho de Estado exemplificam, em parte, a flexibilização da atividade docente, como também tem tornado cada vez mais agudo o quadro de instabilidade e precariedade do emprego no magistério” (OLIVEIRA, 2004).

“A escola passa a assumir novas funções que trazem diversificadas exigências, como por exemplo, suprir necessidades de lazer e cultura da região onde se situa, realizar ações de educação em saúde, dentre outras, desdobrando-se para construir propostas como “escola aberta” aos finais de semana, realização de projetos em parceria com iniciativa privada e comunidade local, dentre outros. Esse cenário traz um sentimento de desprofissionalização e de perda de identidade profissional ao professor, além de representar a desqualificação do seu trabalho”(SANT’ANA,2010).
           
Educadores, sabemos que a educação é um direito fundamental, e por tanto, o Estado não deve abdicar-se do seu dever de prover e manter uma educação de qualidade. Devemos dizer não a essa política de voluntariado, de desprofissionalização dos professores, ONGs se utilizam de lei mercantilista, da lógica do mercado, é a precarização do trabalhador que na grande maioria das vezes não tem garantia e nem direito sobre o seu trabalho. Uma educação de qualidade perpassa pelas mãos de profissionais de educação formados, capacitados, concursados e não por oficineiros. Educação também é política.
Ainda nos resta responder a questão: “Como oportunizar a todos os cidadãos o direito social à educação em um cenário de desvalorização e precarização da educação pública”?
            Lutando! Exigindo do Estado, que todo o dinheiro público investido em educação seja diretamente e somente para a educação pública, exigindo maior, melhor e continuidade de formação para os profissionais de educação, exigindo concursos públicos para provimento de cargos da educação, exigindo diminuição do número de alunos por sala/turma/agrupamento, exigindo condições dignas de trabalho, exigindo condições dignas de ambientes para os educandos, exigindo que os profissionais em educação possam atribuir em seus blocos de aula/trabalho os projetos e não somente receberem “hora extra”, exigindo que se aplique a “Lei do Piso”.
            Queridas e queridos companheiros, lutemos, resistamos, lembremo-nos que somos filhos da classe trabalhadora e exijamos políticas públicas voltadas para o bem da nossa classe. O que está em jogo é garantir a todas e a todos, o direito social da educação conseguindo assim, a educação de qualidade!
            Um abraço fraterno a todas e todos.

                                Felipe Augusto Soares Leite (Felipe Bone)*

                                    Professor do Munícipio de São Paulo