29 de março de 2015

Assembleia Geral do SINPEEM - contribuições ao debate

A assembleia não deu quorum. Deveria ter mais de 600 associados, mas a presença ficou em cerca de 400. Apesar disso houve uma discussão  livre, com quase 20 intervenções (de 3 minutos, coisa rara e positiva), passando pela análise da conjuntura e propostas para a nossa campanha salarial.

A reunião serviu para que a direção do sindicato se comprometesse com os seguintes pontos que emanaram da discussão em acordo:
  • referendamos a pauta de reivindicações do SINPEEM;
  • reafirmamos o campo de luta unitária entre trabalhadores (nenhum laço com os setores da burguesia que defendem o golpe);
  • definimos como importante participar das lutas pela retirada dos PL 4330 (ato dia 7 de abril convocado pela CUT, outras centrais e movimentos populares);
  • buscaremos construir campanha salarial com demais entidades do funcionalismo municipal;
  • Construiremos o 15 de abril, tentando ter a unidade do funcionalismo, ao mesmo tempo em que mobilizamos a categoria para a assembleia de rua no mesmo dia;
  • Todas as resoluções adotadas serão apresentadas ao RE de 02/04 como propostas consensuadas pela diretoria.
Nós, que impulsionamos o Boletim Debate CUTista, defendemos o dia 7 de abril como melhor data para convocar a categoria para assembleia de rua, pois será o dia nacional de luta, convocado pela CUT, pela retirada do PL 4330 (que prevê o aprofundamento das terceirizações, inclusive nos serviços públicos). Ao final da reunião nós retiramos a proposta em nome da unidade no SINPEEM, para que o dia 15 de abril fosse a data da primeira assembleia na rua (ao invés do 28 de abril como queria a Diretoria). 

Também defendemos que, tão errado quanto participar dos atos convocados pela burguesia, é dar eco à imprensa burguesa, desvirtuando o conteúdo dos atos e suas convocatórias, classificando qualquer resistência dos trabalhadores em torno das suas organizações como a CUT e MST de ação governista. Os que adotam esse procedimento na verdade o fazem para combater a luta unitária dos trabalhadores em defesa das suas reivindicações e no seu campo de classe. Tal postura, defendida por setores do da Intersindical e PSOL, da Conlutas e PSTU, simplesmente viram as costas para a luta dos trabalhadores e facilita a ascensão da reação fascista na medida em que agem para dividir a classe organizada. Assim, nenhum vacilo é possível na defesa da unidade da classe com suas organizações, na defesa dos seus direitos (retirada das MPs 664 e 665, retirada do PL 4330) e das conquistas (a democracia, a existência dos sindicatos partidos da classe), defesa da nação e suas riquezas como a Petrobrás 100% estatal e a defesa de uma reforma política através de uma Constituinte exclusiva e soberana.

Abaixo seguem as nossas intervenções apresentando nossas posições e propostas para a categoria.