9 de abril de 2016

Um encontro de professores e estudantes contra o golpe!

O Encontro de Lula com professores e estudantes contra o golpe contou com a presença de mais de três mil ativistas, militantes, lideranças de diversas organizações de trabalhadores e jovens que atuam na educação do estado de São Paulo. A mesa foi composta por Lisete Arelaro (Pedagoga e Doutora em Educação), Douglas Izzo (Presidente da CUT São Paulo), Roberto Franklin de Leão (Presidente da CNTE), Maria Izabel Noronha, a Bebel, (presidente da Apeoesp), Ângela Meyer, (presidente da União Paulista dos Estudantes - Upes). Sem tomar a palavra, mas compondo a mesa, destacamos a presença do companheiro Cleiton Gomes da Silva (Secretário Geral do SINPEEM).

A professora Lisete Arelaro abriu os trabalhos dizendo que "este é o momento mais difícil deste país desde o golpe de 64. Mas esse grupo que está aqui acredita numa educação solidária. Somos contra aqueles que querem dividir os educadores para destruir a educação pública. Somos capazes de enfrentar os interesses da burguesia. Por isso, não vai ter golpe!” Douglas Izzo, lembrou que os setores que querem destituir a presidenta são os mesmos que desejam acabar com os direitos sociais e trabalhistas: “quem está por trás do golpe é a Fiesp, são os banqueiros, é a elite brasileira que quer chegar ao poder sem voto. E o projeto deles é mexer nas leis trabalhistas, aprovar a terceirização, privatizar as empresas públicas do país e rebaixar as condições de vida do povo brasileiro”. Roberto Leão destacou a importância da aplicação da lei do piso nacionalmente para a categoria. Bebel defendeu que os professores não podem se omitir diante da conjuntura e da tentativa de golpe: “não podemos deixar de conversar com nossos alunos. Devemos explicar que esse falso impeachment que é um golpe.”

Lula interveio lembrando que sem base legal, o que está em curso é um golpe. Lembrou ainda a expansão de vagas em todos os níveis de ensino, destacando as vagas no ensino superior, principalmente em instituições públicas nos últimos 13 anos. Destacou que os golpistas não só não admitem avanços, como, com o golpe, desejam retrocessos. E ainda sinalizou para o governo Dilma: "nós não queremos um Plano que só fala em corte, corte, corte não somos tesourinha.. Nós queremos um plano de avanço, avanço, avanço."

Comitês contra o Golpe

O Comitê dos Educadores do Município Contra o Golpe, esteve presente, montou uma banca e coletou assinaturas no Manifesto contra o Golpe. O mesmo pode ser assinado aqui: http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR89561. E aqui também pode ser baixado para coleta de assinaturas nas escolas: http://issuu.com/nelsongalvao/docs/educadores_municipais_de_s__o_paulo?e=5116414/34791137

O  Comitê dos Educadores do Município Contra o Golpe propõe que se construam comitês contra o golpe em cada escola. A partir da adesão de colegas de trabalho no Manifesto contra o Golpe, é possível criar um coletivo, que depois de uma discussão inicial, pode passar às ações. Com a dificuldade dos diversos horários e jornadas, usar a ferramenta de grupo de whats pode ajudar a agendar ações como: panfletagens para comunidade em horários livres (entrada, saída da escola; locais específicos do bairro); reunião informal com pais identificados contra o golpe, os quais podem se somar às ações em comum; expor faixa, que podem ser pintadas manualmente com dizeres: "aqui tem trabalhadores contra o golpe da Globo e da FIESP".