29 de abril de 2013

Greve a partir do dia 3 de maio!

Hoje (29/04), o governo apresentou a proposta de 0,82% a partir de maio de 2013 e 11, 46% de aumento linear (referente a inflação entre maio de 2010 e abril de 2012) em 5 parcelas entre 2014 e 2018. Isto é, 2,2% ao ano. A assembleia rejeitou a proposta do governo e aprovou a GREVE a partir de 03 de maio. 

O fato é que a proposta do Governo Haddad não repõe a inflação e se soma com a insatisfação diante das medidas como o veto ao PL310, ou o anúncio de Parcerias Público/Privado nos serviços públicos. A categoria acumula forcas desde os enfrentamentos com o Governo Kassab. A greve de 2012, além de arrancar as reivindicações contidas no PL 310, também derrotou o PSDB e deu vitória a Haddad para que este atenda às reivindicações!

Dia 30 de abril ainda haverá uma nova rodada de negociações, dedicada às reivindicações específicas da Educação. Mas desde já a categoria está chamada a se engajar na mobilização, organizando-se nas unidade escolares, discutindo com a comunidade. 

A assembleia aprovou, como parte da luta, a participação da categoria, organizada pelo SINPEEM, no ato do 1o de Maio da CUT, que ocorrerá às 16h no Vale do Anhangabaú. As faixas com as reivindicações da categoria darão visibilidade às questões da Educação diante das demais categorias presentes no 1o de Maio. Nós que alimentamos o Boletim Debate CUTista, encontraremo-nos às 15:30h em frente ao Teatro Municipal, depois nos juntaremos ao SINPEEM.

A próxima assembleia da categoria será às 14h do dia 3 de maio, na Praça do Patriarca. Votamos neste governo e temos legitimidade de cobrá-lo!



24 de abril de 2013

Implantação do Ensino de 9 anos sim, mas com direito à JEIF garantido!

De acordo com a Lei 11724, de 06 de fevereiro de 2006, homologada pelo Exmo. Sr. Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, cujo teor é o de implantar o Ensino Fundamental de 9 anos, com matrículas obrigatórias a partir dos 6 (seis) anos de idade, e sendo que , o ensino fundamental de 8 anos não poderia ter sido automaticamente transformado em ensino de 9 anos, pois foi necessário obedecer aos pareceres do CNE: 



-Parecer CNE/CEB nº 18/2005, no item 1, voto do relator, estabelece que “os sistemas de ensino não podem admitir a possibilidade de adaptação curricular em um único currículo de Ensino Fundamental desde o primeiro ano da implantação do Ensino Fundamental de nove anos de duração”. 
-Pareceres CNE/CEB nº 5/2007 e nº 7/2007: “(...) deverão coexistir, em um período de transição, o Ensino Fundamental de oito anos (em processo de extinção) e o de nove anos (em processo de implantação e implementação progressivas)”. 

E , tendo em vista, que a SME passou a implantar o ensino de 9 anos em 2010, toda a Rede Municipal de Ensino da Cidade de São Paulo, terá para os próximos 04 (quatro anos), 2014, 2015, 2016 e 2017, no Ensino Fundamental II, a vacância de uma série e, consequentemente, a respectiva redução do número de aulas devido à esta transição, uma vez que o 5º ano – antiga 5ª série, faz parte dos anos iniciais (Ensino Fundamenta I), a partir do ano vindouro de 2014 (conforme tabela explicativa abaixo). 



Sabendo que, segundo a Portaria 6.131 de 30/11/2012 que dispõe sobre o Processo deEscolha/Atribuição de turnos e de Classes/blocos de aulas aos professores da rede Municipal de Ensino da Cidade de São Paulo, no seu Artigo 2º “ O ingresso em JEIF é condicionado, obrigatoriamente, à escolha /atribuição de 25 (vinte de cinco) horas-aula de regência ....”, e a efetiva extinção de aulas blocadas em uma série, irão impactar na mitigação de aulasatribuídas aos professores em 2014, dada a transitoriedade acima explicada; arbitrariamente, haverá inúmeros professores impedidos de se enquadrarem nesta opção de jornada, pois não haverá a possibilidade do professor completar a sua jornada em outra UE, uma vez que a redução de turmas se disseminará por toda a SME. 

Foi solicitado na assembleia (9/03/2013) que o SINPEEM faça valer os direitos dos professores à JEIF, mesmo ocorrendo a redução sistêmica de aulas que certamente virá, e que apesar de ser uma inconformidade com a portaria 6.131 de 30/11/2012, a mesma torne-se pontualmente subexistente, e não venha a ter caráter restritivo ao ingresso em JEIF, desde que a falta de atribuição de aulas, seja exclusivamente devido à implantação do ensino de 9 (nove) anos. O presidente do SINPEEM sinalizou que esta reivindicação seria acrescentada à pauta de lutas. Estamos de olho! 

Texto Enviada por:
Luís Robson Muniz
Representante da EMEF Deputado Flores da Cunha


20 de abril de 2013

Solidariedade aos Professores paulistas que entraram greve contra perdas e baixos salários.


Nota da Apeoesp denuncia que proposta do governo estadual é “inteiramente insuficiente”

Veja abaixo a íntegra da nota da Apeoesp, assinada pela presidenta Maria Izabel Noronha, em defesa do movimento por uma educação de qualidade:
Professores em greve!
         A qualidade da educação é uma demanda de toda a sociedade brasileira. A ampliação do acesso de nossas crianças e jovens à educação básica deve ser acompanhada de medidas que visam à sua permanência na escola e à melhoria da aprendizagem, condição para a afirmação de seus direitos como cidadãos e cidadãs.
         A qualidade da educação, socialmente referenciada, porém, é indissociável da valorização dos profissionais do setor. Hoje, a realidade que vivemos está ainda distante desta valorização, em que pese os avanços conquistados em nível nacional, entre eles a lei 11.738/2008, que instituiu o piso salarial profissional nacional e estabeleceu uma nova composição para a jornada de trabalho dos professores, destinando-se no mínimo 33% desta para atividades de preparação de aulas e formação continuada no local de trabalho.
         A política educacional no Estado de São Paulo, infelizmente, não tem acompanhado estes avanços. O piso salarial dos professores é apenas ligeiramente superior ao piso salarial profissional nacional e o Governo Estadual recusa-se a aplicar a chamada “jornada do piso”, inclusive por meio de medidas judiciais protelatórias em relação ao cumprimento de sentença favorável conquistada pela APEOESP.
         Os salários dos professores da rede estadual de ensino são reconhecidamente baixos e nossa categoria acumulou perdas desde fevereiro de 1998 – quando entrou em vigor o atual plano de carreira – que exigem uma reposição da ordem de 36,74% para recuperação do poder de compra dos salários. A carreira, na atual configuração, não atrai os jovens que saem das universidades. Muitos optam pelo trabalho em empresas e indústrias, melhor remunerado, causando a falta de professores de disciplinas como física, química, ciências, matemática, sociologia e outras.
         Frente à falta de professores, como age o Governo? Aplica um processo seletivo para professores que trabalharão por tempo determinado, ficando obrigados a permanecer de 40 a 200 dias fora das escolas estaduais quando vencem seus contratos, o que não faz o menor sentido. Estamos lutando para que os professores contratados por tempo determinado (categoria “O”) tenham os mesmos direitos que os professores estáveis (categoria “F”) e para que o Governo promova mais concursos públicos para que todos possam se efetivar.
         Não bastasse tudo isto, o Governo acaba de remeter à Assembleia Legislativa um projeto que reajustará em julho de 2013 os salários dos professores em apenas 2% além do que já está previsto na lei complementar nº 1143/2011. Trata-se de uma proposta absolutamente insuficiente diante das nossas perdas e dos baixos salários que recebemos.
         Por outro lado, a proposta de reajuste “descongela” a política salarial do Governo. Entretanto, ele descumpre o artigo 5º da lei complementar nº 1143/2011, que o obriga a convocar as entidades do magistério para negociar a revisão da política salarial, anualmente.  Este dispositivo foi conquistado pela APEOESP durante a tramitação da lei na Assembleia Legislativa e é lamentável que tenhamos que recorrer à greve a fim de lutarmos para que a lei seja cumprida.
         Além de baixos salários e uma carreira pouco atraente, os professores ainda vivem em suas escolas, sobretudo aquelas localizadas nas periferias, um cotidiano de violência e más condições de trabalho. Eles lutam para serem ouvidos e valorizados, mas o Secretário da Educação, ignorando esses justos reclamos, prefere enviar-lhes mensagem onde apregoa supostas realizações e melhorias implementadas na rede estadual de ensino. A APEOESP divulgará, nos próximos dias, resultados de uma pesquisa realizada em todas as regiões do Estado que demonstra a gravidade do problema da violência nas escolas.
         O Secretário quer fazer crer que há diálogo e que reajustes salariais, negociações em torno do plano de carreira e outras medidas que beneficiam, ainda que de forma insuficiente, os profissionais da educação foram tomadas por exclusiva iniciativa do Governo e não resultados da dura e permanente luta dos professores, por meio da APEOESP. Mas a categoria e a sociedade, que acompanham a nossa luta, sabe que isto não é verdade. O diálogo com o Governo tem sido muito difícil ou inexistente.
         Na mesma mensagem divulgada,  o Secretário ataca as entidades sindicais, enquanto sua assessoria de imprensa distribui nota tentando desqualificar diretamente a APEOESP, pela luta que empreende em defesa dos professores. O Secretário e o Governador do Estado prefeririam estar à frente de um regime autoritário, onde não fossem contestados. Mas a democracia e a liberdade sindical são conquistas irrevogáveis do povo brasileiro e vamos defendê-las.
         Por isso, estamos exercendo nosso direito constitucional de greve para lutar pelas nossas reivindicações e temos a certeza absoluta de que o seu atendimento contribuirá, de forma decisiva, para a melhoria da qualidade de ensino nas escolas estaduais paulistas.
Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo

Greve Nacional da Educação 23-24-25 de Abril



A CNTE convoca todos os trabalhadores da educação e a sociedade para a 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que será realizada entre 23 e 25 de abril. Além da greve nacional, o foco é a valorização dos profissionais em educação. "Esta semana tradicionalmente se destina ao debate das questões educacionais e terá como prioridade o debate sindical da mobilização, mais um ano que estaremos lutando para que o piso salarial nacional seja efetivamente aplicado no nosso país com uma greve nacional nos dias 23, 24 e 25 de abril", explica o presidente da CNTE, Roberto Leão.

No dia 24 de abril será realizado um ato com representação dos estados na Câmara dos Deputados, em Brasília e também atos locais nas sedes de governo estaduais e municipais pelo país.


fonte:cnte.org.br

10 de abril de 2013

CEM DIAS DE GOVERNO HADDAD: O QUE HÁ DE NOVO?


O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad , completa nesta quarta-feira 10 de Abril cem dias no comando da maior cidade do País... e para os profissionais da educação, o que há de NOVO?

Mais Educação?
Programa MAIS Educação promete mais verbas nas unidades escolares, mas abre as portas para ONS’s e trabalho voluntário, o que na prática desregulamenta o serviço público da educação. Se era pra implantar uma ação Federal, porque o Governo Haddad não começou anunciando a aplicação da Lei do Piso e instituiu 1/3 das jornadas JB, JBD e J30 para hora-atividade?

IDEB: padrão de qualidade?
O Governo Haddad vem anunciando modificações na política de valorização. Fala-se em vincular o PDE ao IDEB. Lá vem mais avaliações externas e gratificações ao invés de salário. Por isso, o SINPEEM deve colocar logo em marcha o boicote às avaliações externas, política definida em nosso último congresso!

Privatização e mãe-crecheira? Não! Queremos CEI direto!
Há 95 mil crianças sem CEI. O Governo Haddad promete 172 novas unidades em 4 anos, mas em suas contas permanecem os convênios privados de Kassab e entram creches de empresas!

Também é inadmissível o Projeto de Bolsa para mães crecheiras, o direito à educação pública não pode ser negado! O SINPEEM deve organizar os profissionais da educação e exigir o fim dos convênios privados, a começar por retomar a gestão direta dos prédios públicos.

A categoria quer o atendimento das reivindicações!

O Governo Haddad tentou responder à categoria na audiência pública de 13/03 na Câmara Municipal. O Secretário Callegari se comprometeu em retirar o PL 48/13. Se for mantido estabelecerá as duas referências sem respeitar a aposentadorias especiais e os aposentados. Quase um mês passado e o PL 48/13 continua seu curso. O Governo diz que não há dinheiro, mas propõe uma mesa de negociação permanente.

Dinheiro há, pois em 2013 se prevê o corte de R$ 6 bi em investimento para pagar a dívida do município com o Governo Federal ( R$ 5,2 Bilhões já estão congelados o que representa 12,3% do orçamento do município para este ano!).

Em nossa opinião é preciso romper com a política chamada de superávit, tanto o Governo Dilma como Haddad devem adotar uma política que atenda as necessidades da nação.

O SINPEEM de exigir respostas do Governo sobre a pauta da campanha salarial antes de 16 de abril (próximo RE). Desde já nos mobilizamos para paralisar no dia 24/04. Vamos à rua, em assembleia cobraremos o voto dado ao Governo Haddad. 

Do mesmo modo como Haddad evitou acertadamente a desapropriação do Jardim Iguatemi é possível retirar os vetos ao PL310: pelo respeito à aposentadoria especial, com duas novas referências até os 24 anos de trabalho; pela transformação dos Agentes Escolares em ATE's; mínimo de 33% do total da Jornada Básica do Docente (JBD), da Jornada Básica (JB) e da Jornada de 30 horas (J30) destinados às horas-atividade; a fixação do QPE-06A com a referência inicial do cargo de ATE; um quarto da jornada semanal de gestores e do quadro de apoio destinado à formação em serviço; enquadramento dos aposentados em duas referências imediatamente superiores às que se encontram.

Basta que o novo governo esforçar-se em atender as reivindicações dos profissionais da educação,  removendo o entulho deixado pela governo passado!

Por isso, desde já nos mobilizamos para paralisar no dia 24/04. Vamos à rua, em assembleia cobraremos o voto dado ao Governo Haddad!

fonte: boletim DebateCutista

8 de abril de 2013

Registro obrigatório ao CONFEF/CREF do professor de Educação Física? Entenda a questão!


No último sábado 06/04 a direção do SINPEEM reuniu professores de Educação Fisica para discutir a obrigatoriedade do registro profissional dos professores de Educação Física ao CONSEF.

Abaixo publicamos um texto da prof Carin Sanches de Moraes (animadora do boletim Debate Cutista) que contribui à discussão apresentando seus argumentos. 

Não a obrigatoriedade do registro no CONFEF/CREF do professor de Educação Física da rede municipal de ensino de São Paulo. 
por: Carin Sanches de Moraes* 

É inegável a importância da regulamentação das profissões no Brasil, dado as características do sistema  político vigente, onde as condições de trabalho para a maioria da população são precárias. A regulamentação das profissões deve beneficiar puramente o conjunto dos trabalhadores que compõem tais profissões.

A existência de profissões regulamentadas, que garantam direitos a seus profissionais é uma coisa, a criação de conselhos profissionais, que somente segmentam as carreiras, é outra! No magistério em particular é necessário pensarmos as carreiras unitariamente enquanto carreiras de profissionais da educação!

Um exemplo de afronta desses conselhos profissionais aos interesses coletivos dos trabalhadores se faz presente na cidade de São Paulo e se dirigem diretamente aos professores de Educação Física da rede pública municipal de ensino.

No último dia 22 de março de 2013, o secretário municipal de educação em cumprimento ao determinado na sentença proferida nos autos da Ação Civil Pública ajuizada pelo Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Paulo – Cref 4 em face do município de São Paulo, comunica a obrigatoriedade  do registro no Sistema Confef/Crefs por parte de todos os professores de Educação Física  da rede municipal de ensino.

É preciso deixar claro que o que deve garantir o ingresso, exercício e permanência dos professores na rede pública de ensino, são os diplomas, adquiridos em  graduações nos cursos superiores de Licenciatura, referendados pelos concursos públicos de ingresso. Isso é inquestionável! 
Portanto, devemos cobrar da direção do SINPEEM ações que garantam a luta pela manutenção deste direito que temos.

NÃO a vinculação de carreiras e exigência de registro no CREF em editais de concursos públicos para provimento de cargo de professor de Educação Física para a rede municipal de São Paulo.

            “O Magistério não é Profissão Regulamentada por Conselhos Profissionais, de modo que não podem essas instituições impor às escolas, aos profissionais da Educação e ao Poder Público condições para concurso, admissão, posse e exercício das funções educacionais nos sistemas de ensino, no conjunto curricular, parte nacional e diversificada, onde se inclui a Educação Física, com perfil adequado às atividades educativas”. (CEE-BA/2012)

*Professora de Educação Física da Emef Conde Pereira Carneiro
 Conselheira e Representante de Escola - SINPEEM