30 de setembro de 2015

Combater a Violência nas UE's da SME e lutar pela conquista de segurança em todos os locais de trabalho: uma tarefa a se discutir no congresso SINPEEM 2015



Atualmente, basta uma rápida conversa, uma pequena consulta entre os colegas na sala dos professores ou com os inspetores da escola, para se ter acesso à inúmeros casos de violência que envolvem a comunidade escolar das unidades educacionais da Prefeitura de São Paulo.

Essa violência, já presente no cotidiano das famílias de muitos de nossos alunos, tem chegado com maior frequência até os profissionais da educação, que diariamente desenvolvem suas atividades profissionais nas unidades educacionais.

Em todas as regiões da cidade, se acumulam exemplos de assaltos, furtos, arrastões a unidades e a seus profissionais, em uma sequencia quase que diária, sem que a SME e suas diretorias de ensino, façam algo significativo para melhorar as condições de segurança nos locais de trabalho. No caminho inverso, as ações do governo municipal, como a terceirização da segurança das unidades e o sucateamento da GCM – antigas na rede - incidem diretamente nas ações violentas do entorno das unidades educacionais e contra seus profissionais de educação.

Os relatos impressionam pela regularidade com que acontecem e pela “normalidade” com que são encarados. 

De uma escola Estadual, localizada na zona norte da cidade de São Paulo, vizinha de várias outras unidades da Rede Municipal (CEI, EMEI e EMEF) , recebemos a denúncia de que os profissionais que trabalham na região tem sido coagidos a pagarem mensalmente por “serviços” como a olhadinha nos carros no estacionamento ou estacionados na rua, ou até mesmo a cobrança pela garantia de ‘livre’ circulação aos pedestres, que chegam e saem da escola a pé! O exercício de imaginar que este problema possa estar se repetindo nas unidades da rede municipal do entorno, não é difícil de se fazer!

Da zona leste de São Paulo, temos os relatos de que há mais de um ano a região sofre com uma onda de assaltos e agressões aos profissionais que trabalham na região da DRE de Guaianases. São comuns os relatos de roubo de carros, de pneus de carros, furtos de bolsas e celulares em pontos de ônibus... nesta semana mesmo, mais um carro foi roubado da área usada como estacionamento na EMEF Idêmia de Godoy. Neste caso a professora foi rendida por assaltantes armados que ainda apontaram suas armas contra a cabeça da professora, enquanto a rendiam para roubar seu carro.


Carros de professores cujo os pneus foram roubados - DRE Guaianases
É importante entendermos que estes problemas pressionam, coagem e constrangem os profissionais, que somados as já difíceis condições de trabalho - salas lotadas e falta de suporte pedagógico para enfrentamento das questões da indisciplina escolar – resultam efetivamente num elevado índice de adoecimento e de afastamento entre nós.

Portanto, uma das principais tarefas do congresso SINPEEM 2015 será organizar a luta e o Combater contra a Violência nas Unidades Educacionais da SME, através da conquista da Segurança em TODOS os locais de trabalho, que neste sentido dialoga com a implantação da chamada Rede de Proteção Social, que deve envolver as Escolas e seus integrantes.

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