Atualmente, basta uma rápida conversa,
uma pequena consulta entre os colegas na sala dos professores ou com os
inspetores da escola, para se ter acesso à inúmeros casos de violência que
envolvem a comunidade escolar das unidades educacionais da Prefeitura de São
Paulo.
Essa violência, já presente no cotidiano
das famílias de muitos de nossos alunos, tem chegado com maior frequência até os
profissionais da educação, que diariamente desenvolvem suas atividades
profissionais nas unidades educacionais.
Em todas as regiões da cidade, se
acumulam exemplos de assaltos, furtos, arrastões a unidades e a seus profissionais,
em uma sequencia quase que diária, sem que a SME e suas diretorias de ensino,
façam algo significativo para melhorar as condições de segurança nos locais de
trabalho. No caminho inverso, as ações do governo municipal, como a
terceirização da segurança das unidades e o sucateamento da GCM – antigas na rede
- incidem diretamente nas ações violentas do entorno das unidades educacionais
e contra seus profissionais de educação.
Os relatos impressionam pela
regularidade com que acontecem e pela “normalidade” com que são encarados.
De uma escola Estadual, localizada na
zona norte da cidade de São Paulo, vizinha de várias outras unidades da Rede
Municipal (CEI, EMEI e EMEF) , recebemos a denúncia de que os profissionais que
trabalham na região tem sido coagidos a pagarem mensalmente por “serviços” como
a olhadinha nos carros no estacionamento ou estacionados na rua, ou até mesmo a
cobrança pela garantia de ‘livre’ circulação aos pedestres, que chegam e saem
da escola a pé! O exercício de imaginar que este problema possa estar se
repetindo nas unidades da rede municipal do entorno, não é difícil de se fazer!
Da zona leste de São
Paulo, temos os relatos de que há mais de um ano a região sofre com uma onda de
assaltos e agressões aos profissionais que trabalham na região da DRE de
Guaianases. São comuns os relatos de roubo de carros, de pneus de carros,
furtos de bolsas e celulares em pontos de ônibus... nesta semana mesmo, mais um
carro foi roubado da área usada como estacionamento na EMEF Idêmia de Godoy.
Neste caso a professora foi rendida por assaltantes armados que ainda apontaram
suas armas contra a cabeça da professora, enquanto a rendiam para roubar seu
carro.
Carros de professores cujo os pneus foram roubados - DRE Guaianases |
É importante entendermos
que estes problemas pressionam, coagem e constrangem os profissionais, que somados
as já difíceis condições de trabalho - salas lotadas e falta de suporte
pedagógico para enfrentamento das questões da indisciplina escolar – resultam efetivamente
num elevado índice de adoecimento e de afastamento entre nós.
Portanto,
uma das principais tarefas do congresso SINPEEM 2015 será organizar a luta e o Combater contra a Violência nas Unidades
Educacionais da SME, através da conquista da Segurança em TODOS os locais de
trabalho, que neste sentido dialoga com a implantação da chamada Rede de Proteção
Social, que deve envolver as Escolas e seus integrantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário