11 de setembro de 2015

#CREFforadaescola

Professora de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, concursada há mais de uma década, licenciada e bacharel, especialista em Educação Física Escolar, Pedagoga, Mestre em Educação é vergonhosamente acusada pelo conselho Regional de Educação Física - CREF, de exercer atividade profissional ilegalmente!


Quem são Eles, quem eles pensam que são? (Humberto Guessinger)

Na manhã de hoje, 11 de setembro, Carin Sanches, professora que trabalha há mais de dez anos como professora concursada e efetiva na rede municipal de ensino de São Paulo, teve que se dirigir até uma delegacia de polícia para “prestar esclarecimentos” a pedido do ministério público, que investiga uma denúncia de exercício ilegal da profissão. A professora, acompanhada pelo presidente do sindical SINPEEM, Claudio Fonseca e de um advogado do sindicato, explicou à autoridade policial, que é uma profissional qualificada, que possui formação específica em sua área e que é efetiva em seu cargo, cuja contratação se deu por concurso público que exigiu entre outras coisas a comprovação de formação específica em sua área.

Professora Carin Sanches, Claudio Fonseca presidente do SINPEEM e o advogado do sindicato na porta do 80º Distrito Policial em SP.  
Esse é mais um capítulo da vergonhosa disputa que envolve o sistema  Conselho Regional de Educação Física - CREF, (sistema CREF/CONFEF) e os professores de Educação Física das redes de ensino do país. O CREF vem a muitos anos tentando fazer do ramo da Educação Escolar a sua lucrativa fonte de receitas e vem buscando estender sua ação junto aos milhares de professores das redes de ensino espalhadas país afora. Business!

Estamos tratando de uma ação contra os professores que lecionam em escolas, que trabalham com a educação regida, gerida e regulada por leis federais, estaduais e municipais de educação que estabelecem entre outras elementos,  quais são os parâmetros e as diretrizes a serem adotadas na educação física escolar, o que por sua vez, torna a existência do CREF, para os professores das redes educacionais, completamente desnecessária e ineficiente. Por isso, que nos locais onde não obtém sucesso com sua pressão, onde não conseguem impor suas matrículas e seu registro, acabam por chantagear os professores com possíveis prejuízos profissionais e com denúncias criminais, como esta que relatamos.

O CREF utiliza da conivência dos poderes judiciário e executivo de vários estados e municípios dos país e aborda os professores em seus próprios locais de trabalho – as escolas. Sem pudor algum, exigem dos professores o pagamento de anuidades para credenciá-los a uma instituição externa e alheia a realidade profissional dos professores, um famigerado conselho.

Por tudo isso, é passada a hora das entidades representativas dos profissionais de educação – os sindicatos dos trabalhadores, se erguerem contra esses ataques. Deve-se cobrar dos órgãos executivos uma postura mais contundente frente a essas determinações vindas do poder judiciário, que nitidamente já cederam ao lobby e à pressão deste conselho, e que agora legislam em detrimento dos professores que somente desejam trabalhar livremente. O efeito da falta de reação frente a estes ataques é muito maior do que a pressão que já é realizada contra os professores de educação física. Corremos o risco de ver todas as áreas da educação contaminadas por esse tipo de conselhos. Oportunistas, que desejam “regular” o que já é regulado e cobrar por isso!

Nenhum professor deve pagar para trabalhar! 




Um comentário:

  1. A falta de credibilidade de nossos dirigentes se mostra, a cada dia, mais gritante nesse país, onde o professor é massacrado, obrigado a deixar suas matrizes e se enveredar por caminhos destinados a criminosos. A PROTEÇÃO é dada para quem usurpa direitos e se faz detentor do PENSAR.

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