Nós que impulsionamos o Boletim Debate Cutista – SINPEEM
tomamos parte nas propostas apresentadas pelo agrupamento “Em defesa da CUT independente e de luta”, junto com companheiros bancários, jornalistas, servidores municipais, médicos, entre outras categorias. Em nossas intervenções também
defendemos contra a adoção de eleições para diretores de escola; ajudamos na
construção de uma proposta de oferta de cuidados aos filhos pequenos dos
delegados e delegadas para que possam participar dos congressos e atividades da
CUT; interviemos em defesa de verbas públicas apenas para a educação pública e
não para convênios privados.
Com a contribuição do SINPEEM o Diretor do nosso sindicato,
João Nazaré, passa também a integrar a direção estadual da CUT-SP entre 2015 e
2018.
Abaixo, segue trechos do balanço feito por Júlio Turra, contendo os desafios rumo ao Congresso Nacional da CUT.
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Os desafios para o 12º CONCUT
Encerrados os congressos estaduais é hora de consolidar o
lugar da CUT
Neste final de agosto encerrou-se a etapa de realização dos
congressos estaduais da CUT (CECUTs), faltando apenas o RN. O papel central que
a CUT jogou no 1º semestre, constituindo-se num eixo de resistência contra a
ofensiva da direita em todos os terrenos e, ao mesmo tempo, cobrando mudanças
na política econômica do governo Dilma - contra o ajuste fiscal do ministro
Levy - repercutiu nos CECUTs que, em sua grande maioria, elegeram chapas únicas
comprometidas com a continuidade da ação da Central em defesa dos direitos dos
trabalhadores, do emprego e salários, em defesa da democracia contra qualquer
retrocesso. Apenas no RJ e RR houve duas chapas, por divisão na corrente
majoritária (ArtSind), o que pode se repetir no RN. Mesmo na Bahia, onde houve
grande tensão entre dois setores da ArtSind e chegou-se a anunciar duas chapas,
ao final, com o esforço de todas as correntes e setores, saiu chapa única. Os
delegados agrupados ao redor das propostas “Em defesa da CUT independente e de
luta” (CIL), jogaram papel central na discussão política e no combate pela
unidade, tendo sido eleitos para as executivas e/ou direções estaduais de AL,
AM, BA, CE, DF, MG, MT, PE, PR, RS, SC e SP, além de terem conseguido aprovar o
conjunto de suas contribuições – por maioria ou com 20% dos votos - para a
discussão no CONCUT.
Contra a Agenda Brasil de Renan-Levy A última rodada de
CECUTs (SP, MG, RS, SC, BA) permitiu que, sobre a base da resolução da Direção
Nacional da CUT de 14 de agosto, fosse integrado ao Plano de Lutas um claro
posicionamento contra a “Agenda Brasil” de Renan e Levy. Com efeito, nenhum
entendimento é possível ao redor de tal “agenda” que prolonga o ajuste fiscal
de Levy com novas medidas de ataque aos trabalhadores e setores oprimidos. Como
diz a resolução citada: “O projeto que
defendemos tem conteúdo diferente e é oposto àquele proposto pela agenda
política e econômica de Renan Calheiros e Joaquim Levy. Quando defendemos a
democracia, estamos falando de nenhum direito a menos. Por isso, fomos contra a
retirada de direitos contida nas medidas de ajuste fiscal (MPs 664 e 665),
assim como repudiamos a proposta de precarização das relações de trabalho
embutida no PLC 30/15, em andamento no Senado, que permite a terceirização da
atividade fim da empresa”.
A polêmica do PPE
Dentre as questões polêmicas, a principal foi a da defesa do
PPE por parte da CNM (metalúrgicos), hoje MP 680 que tramita no congresso. Os
CECUTs da PB e SC, além da direção da Contracs (comércio e serviços), tomaram
posição contrária ao PPE, por julgá-lo contraditório com a proposta histórica
da CUT de “redução da jornada SEM redução de salários” e com a linha de “Nenhum
direito a menos”. Em São Paulo, a crítica ao PPE não obteve 20%, com várias
abstenções, mas na Bahia, ao contrário, a mesma foi adotada com 98% dos votos.
Em MG, após debate, ambas posições foram remetidas ao CONCUT. Assim, o 12º CONCUT
(13 a 16 de outubro) vai abordar os temas candentes da conjuntura que
atravessamos e deve reforçar a independência da CUT que a permitiu jogar o
papel que jogou no 1º semestre, colocando-a à frente das campanhas salariais do
2º semestre que exigem a unificação das lutas, inclusive rumo à uma greve geral
que pode ser necessária para defender nossos direitos e conquistas.
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