21 de outubro de 2016

Em defesa da unidade, nenhum direito a menos!

Toda força no Dia Nacional de Greve!


O Congresso do SINPEEM, segundo o estatuto, é a instância suprema do nosso sindicato. É no Congresso que a categoria deve formular, com a mais ampla liberdade de expressão e unidade, o que almeja para melhorar as suas condições de trabalho, a sua carreira, as reivindicações salariais e o que deseja para a educação pública e a sociedade. Essa elaboração coletiva se expressa nas deliberações e na conclusão de um plano de lutas que arma a categoria para lutar unida, sobretudo num momento em que a classe trabalhadora vem sendo atacada em todos os seus direitos por um governo golpista, instalado sob encomenda para beneficiar os interesses dos patrões e o imperialismo.
Por isso, é extremamente condenável a forma como se encerrou a segunda plenária do 27º Congresso do SINPEEM. Num congresso, assim como em qualquer instância do sindicato, é preciso primar pela democracia operária, respeitar a ordem do dia, o regimento votado e jamais deve prevalecer a violência. No 27º Congresso, ao contrário do que deveria ocorrer, o presidente se negou a acolher o encaminhamento de uma moção contra o machismo e teve como reação a ocupação do palco por delegadas e delegados de setores da oposição. Um embate desnecessário, que culminou com delegados arremessados do palco pelos seguranças, ato extremo da truculência que se viu.
A primeira responsabilidade repousa sobre a direção da mesa, pois tinha os meios de evitar esse tensionamento, o qual vinha crescendo propositalmente ao longo do congresso em torno da questão de gênero, mas a sua escolha por ignorar o tema foi desastrosa.
Por outro lado, setores da oposição priorizaram a tática da denúncia, primeiro em relação ao condenável fato de Cláudio ter sido reeleito vereador na chapa de Dória do PSDB. Não tendo repercussão na maioria da base dos delegados do Congresso, depois passaram a combater a truculência da mesa com a questão de gênero.
Ocorre que os métodos de ação dos dois setores que compõem a diretoria do SINPEEM e que, portanto, têm responsabilidade em priorizar os interesses da categoria, secundarizaram o que deveria ser central: a unidade pela aprovação de um plano de lutas que combata os ataques do governo golpista e convoca o dia nacional de greve chamado pela CUT. Basta de divisão entre claudistas e não-claudistas! Também a divisão da categoria entre homens e mulheres não pode prevalecer!
De nossa parte, não compactuamos com qualquer tipo de opressão. Há um golpe contra a democracia brasileira consumado, impondo um programa de retirada de direitos para homens, mulheres e jovens trabalhadores. Exemplo máximo da imposição dos interesses e opressão da burguesia contra a classe trabalhadora! Para respondermos a esses ataques no campo da classe é preciso a mais ampla unidade. Por isso conclamamos a categoria a aplicar o Plano de Lutas aprovado no 27º Congresso do SINPEEM. Chamamos todas e todos a se mobilizarem pela luta unitária contra a PEC 241, contra o PLP 257, contra a reforma da previdência, contra a reforma do ensino médio, contra a lei da mordaça! Unamo-nos para construirmos e realizarmos em 11 de novembro o mais forte Dia Nacional de Greve com a CUT e demais centrais!


Nenhum comentário:

Postar um comentário