O Congresso do SINPEEM, segundo o
estatuto, é a instância suprema do nosso sindicato. É no Congresso que a
categoria deve formular, com a mais ampla liberdade de expressão e unidade, o
que almeja para melhorar as suas condições de trabalho, a sua carreira, as reivindicações
salariais e o que deseja para a educação pública e a sociedade. Essa elaboração
coletiva se expressa nas deliberações e na conclusão de um plano de lutas que
arma a categoria para lutar unida, sobretudo num momento em que a classe
trabalhadora vem sendo atacada em todos os seus direitos por um governo
golpista, instalado sob encomenda para beneficiar os interesses dos patrões e o
imperialismo.
Por isso, é extremamente
condenável a forma como se encerrou a segunda plenária do 27º Congresso do
SINPEEM. Num congresso, assim como em qualquer instância do sindicato, é
preciso primar pela democracia operária, respeitar a ordem do dia, o regimento
votado e jamais deve prevalecer a violência. No 27º Congresso, ao contrário do
que deveria ocorrer, o presidente se negou a acolher o encaminhamento de uma
moção contra o machismo e teve como reação a ocupação do palco por delegadas e
delegados de setores da oposição. Um embate desnecessário, que culminou com
delegados arremessados do palco pelos seguranças, ato extremo da truculência
que se viu.
A primeira responsabilidade
repousa sobre a direção da mesa, pois tinha os meios de evitar esse tensionamento,
o qual vinha crescendo propositalmente ao longo do congresso em torno da
questão de gênero, mas a sua escolha por ignorar o tema foi desastrosa.
Por outro lado, setores da
oposição priorizaram a tática da denúncia, primeiro em relação ao condenável
fato de Cláudio ter sido reeleito vereador na chapa de Dória do PSDB. Não tendo
repercussão na maioria da base dos delegados do Congresso, depois passaram a
combater a truculência da mesa com a questão de gênero.
Ocorre que os métodos de ação dos
dois setores que compõem a diretoria do SINPEEM e que, portanto, têm
responsabilidade em priorizar os interesses da categoria, secundarizaram o que
deveria ser central: a unidade pela aprovação de um plano de lutas que combata
os ataques do governo golpista e convoca o dia nacional de greve chamado pela
CUT. Basta de divisão entre claudistas e não-claudistas! Também a divisão da
categoria entre homens e mulheres não pode prevalecer!
De nossa parte, não compactuamos
com qualquer tipo de opressão. Há um golpe contra a democracia brasileira consumado,
impondo um programa de retirada de direitos para homens, mulheres e jovens
trabalhadores. Exemplo máximo da imposição dos interesses e opressão da
burguesia contra a classe trabalhadora! Para respondermos a esses ataques no
campo da classe é preciso a mais ampla unidade. Por isso conclamamos a
categoria a aplicar o Plano de Lutas aprovado no 27º Congresso do SINPEEM.
Chamamos todas e todos a se mobilizarem pela luta unitária contra a PEC 241,
contra o PLP 257, contra a reforma da previdência, contra a reforma do ensino
médio, contra a lei da mordaça! Unamo-nos para construirmos e realizarmos em 11
de novembro o mais forte Dia Nacional de Greve com a CUT e demais centrais!
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