15 de março de 2012

Editorial do Boletim 27 - março de 2012


GREVE DA EDUCAÇÃO
Unidade Nacional em 14, 15 e 16 de março
Hoje o SINPEEM integra a Greve Nacional da Educação, convocada pela Confederação Nacional da Educação (CNTE) pela aplicação da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), em defesa da carreira e por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.

Fazemos parte do mesmo movimento das centenas de milhares de professores que em 2011 paralisaram doze estados e centenas de municípios, com greves e mobilizações pelo PSPN, contra as distorções e ataques à valorização da carreira da categoria impostas por prefeitos e governadores. Prefeitos e governadores que se negam a aplicar a Lei do Piso: 52,74% de aumento desde 2008, aumento anual acima da inflação, 22,2%% só em 2012, 1/3 das diversas jornadas para trabalho extraclasse! É por isso que milhares paralisarão entre 14 e 16 de março!

Toda vez que arrancamos alguma conquista o patronato ameaça retirar outras. Os trabalhadores não se intimidam e combatem todos aqueles corrompem as leis e direitos que melhoram a condição de vida da maioria da população!




Pela redução da Jornada na Sala de Aula!
Pela elevação do piso do Quadro de Apoio!

O Piso Nacional é R$ 1451 (valor do MEC sem gratificações e abonos) para professores com formação no Ensino Médio. Em nossa Categoria 1, no QPE 11, com JBD, os professores recebem R$ 1172,29, um padrão menor do que o definido por Lei. Além disso, podemos reivindicar o aumento do piso do Quadro de Apoio com ensino Médio.

Queremos aumento real anual. A Lei 11738 define: Art. 2o, § 4o “Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.” Queremos reduzir a jornada em sala de aula! Exigimos 10 horas-aula para preparar o nosso trabalho, das 30ha da JBD. Os professores com J30 (CEI), precisam de 10h de planejamento das suas 30h semanais. Desde 2008 essa Lei não é cumprida! O que esperamos para exigir esse direito do Governo Kassab? 
Não aceitamos enrolação!



Kassab enrolou meses e descumpriu os acordos da campanha salarial de 2011, não há garantias de que um futuro governo cumpra a incorporação parcelada até 2014. Nesse período os nossos salários não estarão a salvo da inflação! Queremos a incorporação imediata das gratificações, chega de achatamento na carreira!

Não aceitamos os CEI’s conveniados, onde milhares de trabalhadores são submetidos a inexistência de carreira, à ingerência de “manda-chuvas” dos currais eleitorais, aos salários rebaixados, à falta de formação, à superlotação das unidades. É essa a estratégia de Kassab: rebaixar o atendimento às crianças nos CEI de administração direta e reduzir o número de servidores e direitos. Assim é que se põem em risco o direito a recessos e férias coletivas para os CEI’s, que impõem a superlotação das unidades de CEI e EMEI. É o mesmo método usado nas cozinhas, na limpeza e na segurança das escolas: “precarizar e terceirzar” para acabar de vez. É a terceirização que emperra a transferência do Agente de Apoio para o QPE, a evolução o Agente Escolar e sua transformação em ATE, entre outras arbitrariedades. Só a independência dos trabalhadores frente aos governos, a unidade da educação na luta pode resultar em vitórias!
  • Incorporação imediata e total do abono complementar!
  • Respeito à carreira e aos padrões de vencimento!
  • Por CEI com administração direta, sem Parceria Pública/Privada (PPP) e Convênios!
  • Concurso urgente para Agentes Escolares!
  • Férias e recesso coletivos para CEI’s!
  • Por um terço da JBD e da J30 (CEI) para planejamento, como define a Lei do Piso Salarial Profissional Nacional.
  • Redução do número de crianças por adulto e alunos nas salas de aula!

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