26 de junho de 2014

Boletim 49

Há muita arbitrariedade ocorrendo nesse momento por ocasião da reposição dos dias da greve. A portaria deixa lacunas que têm sido usadas pelas DREs, sob orientação da SME, ou seja, a mando do Governo Haddad, contra os grevistas, em detrimento da qualidade de atendimento e necessidade das famílias. Direitos básicos, como licenças médicas, têm sido questionados e postos em risco. Reiteramos: o SINPEEM deve orientar os associados, oferecendo apoio jurídico, utilizando todos os recursos disponíveis, inclusive o site do sindicato. 


VITÓRIA, SIM! 
VIGILÂNCIA AO CUMPRIMENTO DO ACORDO!

O fim da assembleia do dia 3 de junho foi marcado pelo clima de felicidade da categoria diante da vitória após 42 dias de greve. Voltamos para as UEs e permanecemos vigilantes pelo atendimento das reivindicações que originaram a greve. O acordo aprovado resguardou a carreira, prevendo a incorporação do abono de 15% em 2 anos, preservando a paridade entre ativos e aposentados, avança além das questões saláriais, inserindo o intervalo de 15 min. nos CEIs e a retomada da discussão de um plano sobre condições de trabalho.

Há muito para avançar, o governo segue golpeando a categoria nas reposições, mas não engrossamos o coro daqueles que visam diminuir os passos positivos dados pela categoria. A unidade construída na maior greve da categoria foi capaz de defender o direito de greve e dobrar o Governo Haddad! É da força da mobilização nos disporemos sempre!


Aprendizados da luta!


A unidade da categoria foi edificada na luta diária. Na assembleia de 7 de maio ressaltamos a necessidade de dialogar pacientemente com aqueles que ainda não tinham se convencido a aderir à greve, opondo-nos ao pressuposto defendido no caminhão por membros da Unidade da Oposição, que caracterizaram quem estava trabalhando na escola de «pedras», ou seja, de obstáculos ao movimento.

A truculência do Governo Haddad só poderia ser enfrentada com a coesão da categoria e a solidariedade da classe trabalhadora (incluindo os responsáveis por nossos alunos). Centenas de reuniões com pais serviram para desmentir as propagandas falaciosas de Haddad e Callegari.

Um reforço a ser destacado foram as moções de apoio e exigência de negociação e atendimento das reivindicações enviadas por sindicatos da base da CUT, além as moções aprovadas nas Plenárias Estaduais da CUT. Decerto que a repercussão da greve em outros estados e categorias ajudou a tirar o movimento do isolamento e pressionou pelo destravamento das negociações.


Desvio das armadilhas!


Mas nem tudo foram flores. Faltou ampliar os comandos de mobilização e eleger um Comando de Greve central, integrando a diretoria, desde o início do movimento.

Na assembleia de 15/05, em frente à SME, a categoria sabiamente evitou a manobra operada para levar a passeata à Av. Paulista, para se fundir ao ato contra a Copa. Reafirmou-se a luta pelas reivindicações e a cobrança ao Governo Haddad, contra a proposta irresponsável da Conlutas e Intersindical, que não poupam a categoria da sua política de divisão.

Foi importante a apresentação de propostas da base nas assembleias, a aprovação as generalizou, como foi o acampamento em frente à prefeitura, evitando ações isoladas e dispersivas. A categoria, que em grande parte votou em Haddad, demonstrou a sua independência ao não se intimidar com os ataques ao SINPEEM. O Governo, que tentou desmoralizar o SINPEEM e a categoria, que poderia ter atendido as reivindicações nos primeiros dias de greve, é quem sai desgastado com a resistência de 42 dias de greve.

Após a greve, diante dos ataques à autonomia das UEs e seus planos de reposição, o SINPEEM deve reagir, orientando política e juridicamente, disponibilizando todos os recursos para que os grevistas não sejam penalizados e o acordo não seja descumprido como em 2013.

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